sábado, 31 de março de 2012

Aquela rua...


 
"A Deus , o Senhor,pedi uma coisa,e o que eu quero é só isto: que ele me deixe viver em sua casa todos os dias da minha vida, para sentir, maravilhado a sua bondade e pedir a sua orientação." (Salmo 26, 4)
Andando por aquela rua deserta, posso encontrar o meu Senhor. Faço dela o monte onde vou orar.
Ela é estreita, parece até inabitada.As portas das casas estão fechadas, um silêncio de paz impera.
Nela há ccasas simples e também um terreno generoso que de vez por outra alimenta bois com seu capim bem verdinho.
Ando por aquela rua, dá vontade de ficar lá. Nela se pode chegar mais perto do céu, nela se pode sentir um abraço de Deus.Deve ser porque  não vejo distração tudo é singelo , calmo e silencioso, a gente pode refletir e orar, um louvor de dentro do coração começa a surgir e Deus revela os seus mistérios, aumenta nossa fé, aquece nossa alma.
Passando por ela as pessoas que mais amamos vem ao nosso coração. a gente lembra de quem só passosu mas permaneceu em nosso pensamento, nessa rua a gente intercede com o coração, somente com um olhar lançado ao céu e sentimos Deus as sondando no mesmo instante e dizendo que vai consolar os corações apertados.
Nessa rua os sonhos fluem de dentro de nós, a vida se enche de esperança e a gente pede pra nossa mãezinha ouvir a nossa voz, enfeitar nossos sonhos com uma bandeja de ouro e ao mesmo tempo poder rogar com humildade e desse jeito Jesus não esquecerá de nós...
Agora peço papaizinho que todos consigam encontrar essa rua, pois nela o Senhor faz moradia...
Quem sabe ela está dentro de cada um de nós.

Deixa chover


"Um amigo fiel é um abrigo seguro; quem acha um amigo desses encontra um tesouro." (Eclesiástico 6, 14)
Meu bem, quando começar a chover nas estradas da vida,
 pegue suas mãozinhas e abra o guarda chuva que é a oração.
Não precisa reclamar por que está chovendo, as tempestades sempre passam quando menos esperamos,
 a gente pensa que elas vão ficar pra sempre, pois olhamos para todos os lados e só enxergamos nuvens carregadas.
Porém, teu abrigo é o guarda-chuva, os pingos grossos não podem te molhar.
Passe por ela feliz meu bem que ao precisar de companhia ficarei contentíssima se me chamares;
vou te fazer pular na chuva feliz, a gente vai sair correndo que nem criança,
cantarolar um hino de louvor e quando a chuva passar vou te agradecer porque você quis contar comigo
e porque você é o meu bem e eu amo estar contigo, não importa se faz chuva ou sol.

Adeus




"No amor não há medo; o amor que é totalmente verdadeiro afastará o medo. Portanto, aquele que sente medo não tem no seu coração o amor totalmente verdadeiro." ( I João 4, 18)
 
A vida é constituída de constantes despedidas; estamos sempre tendo que dizer adeus a alguma coisa ou a alguém. Dizemos adeus pelo dia que passou, por algo que acabou, ou sentimento que se dispensou. Mas de todos os adeuses existe aquele que é bem doloroso: despedir de quem gostamos. Queria que momentos como esse não existissem, que as pessoas nunca tivessem que dizer essa palavra aos seus amados, mesmo sabendo que algumas vezes elas tornam-se necessárias.
Somos seres sociais, dotados de sentimentos que às vezes ultrapassam os limites. Temos necessidades de estar juntos; trocar carinhos, afetos, palavras. Apegamos-nos às pessoas de tal forma que chega a doer e diante de tamanha união, a dor de dizer adeus torna a ser dilacerante. Sofremos pela distância que separa dois ou mais corpos; desperta dentro de nós o amor e não é a separação física que irá colocar fim a esse nobre sentimento; pelo contrário, é essa mesma distância que irá provar o quanto somos fiéis às nossas amizades, a capacidade de não esquecer aquilo que nos marcou por tempos e tempos.
Como queria não ter que dizer adeus. Mas se necessário direi, com o coração partido, sangrando, mas direi. Digo deixando claro que dentro de uma grande amizade, o tempo não apaga todas as emoções vividas, cada palavra dita, o primeiro encontro...  É assim, nada é pra sempre, tudo tem um fim, o que muda é forma como iremos conduzir cada situação, cada dia e cada momento. Dentro da amizade, laços são feitos para não serem rompidos. As raízes desta benevolência se encontram em solos profundos e, por estar bem fixada no solo de nosso coração, é que sobrevivemos ao adeus e assim conseguimos caminhar.
Adeus, palavra que dói na alma, que nos faz chorar e sentir falta, que desperta saudades e nos faz em pedaços. Adeus, palavra que também faz lembrar de minhas responsabilidades para com a “rosa que cativei”.
 “-Adeus, disse ele...
-Adeus, disse a raposa. Eis o meu segredo. É muito simples: só se vê bem o coração. O essencial é invisível para os olhos.
- O essencial é invisível para os olhos, repetiu o principezinho, a fim de lembra-se de algo.
- Foi o tempo que perdeste com tua rosa que fez tua rosa tão importante.
- Foi o tempo que perdi com a minha rosa... repetiu o principezinho a fim de se lembrar.
-Os homens esqueceram essa verdade, disse a raposa. Mas tu não deves esquecer. Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas. Tu és responsável pela rosa...
-Eu sou responsável pela minha rosa... repetiu o principezinho a fim de se lembrar.”
E assim será. Jamais irei esquecer a verdade de zelar e cuidar de minha rosa. Ela é o essencial visível aos meus olhos ontem, hoje, amanhã e sempre. Não é o adeus, não é distância, não é a saudade e não é a dor da ausência que irá apagar de dentro de minha memória, do íntimo de meu coração as poucas e verdadeiras amizades que ao longo do tempo consegui cativar. Elas serviram como o meu suporte, minha razão de não desistir de algumas situações e o mais importante: elas foram jóias que o Senhor me concedeu, o tesouro vindo dos céus e abençoado por Deus.
“Num mundo que se faz deserto, temos sede de encontrar um amigo”.