Em um jardim grande e florido
com aquele cheiro de natureza, ouvindo o rio seguir seu percurso
noto uma presença estranha, um casulo perto da roseira.
Parei e observei tamanho fenômeno da natureza
não consigo imaginar
que dali uma borboleta possa se formar.
Observo daqui e dali a vida nova que vai passar a existir
a lagarta vai ganhar beleza
a perfeição da mutação, a verdadeira natureza.
No casulo começo a notar, o buraco a se formar
o pequeno inseto deseja com toda a sua força
daquela prisão necessária se libertar.
A abertura é muito pequena
díficil para aquele ser ultrapassar
então, não podendo ficar parado, resolvo então ajudar.
Com uma tesoura corto o casulo
na perspectiva de ver a borboleta voar
mas tamanha foi minha tristeza, quando vi a grande besteira.
Besteira essa que tirou a beleza
de uma pequena borboleta
que por minha antecipação, não seria uma grande guerreira.
Vejo agora com dor no coração
que não adianta ser precipitado, pois tudo tem o seu tempo
o eterno se esconde no tempo.
A lagarta deixou de ser borboleta
porque quebrei o seu ciclo: o esforço era necessário
para que a elesticidade pudesse ganhar
mas, na tentativa de ajudar, acabei por sua vida tirar.
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